Adventistas mostram sua postura sobre eleições
Felipe Lemos 05/10/2012
As eleições municipais deste ano no Brasil terão exatamente 138 milhões e 544 mil e 348 pessoas aptas a votar no próximo dia 7 de outubro no primeiro turno. O dado foi divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O número é pelo menos 6% maior do que os 130.604.430 eleitores que votaram na disputa de 2008. No dia da votação, os eleitores poderão comparecer às urnas a partir das 8 horas em seu local de votação para escolher novos prefeitos e vereadores de suas cidades.
A votação acaba às 17 horas e os dados contidos nos cartões de memória contidos nas urnas são gravados e criptografados em uma mídia de resultado (pen drive), que é encaminhada ao local próprio para transmissão até o Tribunal Regional Eleitoral.
Posição adventista – A Igreja Adventista do Sétimo Dia, em todo o mundo, conforme seus regulamentos e normas, não declara apoio oficial a qualquer partido político e nem candidatos. No entanto, a organização não se omite de participar de ações que beneficiem a comunidade e, inclusive, apoia e desenvolve projetos sociais por meio de suas instituições e agências. Membros adventistas, no entanto, podem se candidatar a cargos públicos, porém não podem utilizar a estrutura física da organização para campanhas. Saiba mais sobre como os adventistas veem as eleições e a questão política de maneira geral na entrevista com pastor Edson Rosa, diretor sul-americano de Comunicação e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista.
Meu comentário: A postura adventista é interessante porque, apesar de não ter uma ligação partidária, a Igreja Adventista mantém projetos que colaboram diretamente para a melhoria de vida da população. Exemplo são as ações de combate à violência doméstica, de incentivo à doação sistemática de sangue e medula óssea, entre outros projetos desenvolvidos com crianças, pessoas carentes, de geração de emprego e renda através da agência humanitária adventista.
Na Bíblia, como expressou o entrevistado acima, há referências de personagens com profunda fidelidade a Deus e que ocuparam cargos públicos. O mesmo pode ser dar hoje, porém é importante frisar que há uma diferença grande entre a maneira como Daniel e José, por exemplo, chegaram até suas funções e a forma como se dá um processo eleitoral em um país como o Brasil. Já acompanhei de perto processos eleitorais e entendo que realmente é prudente que uma instituição religiosa procure ficar afastada disso e concentre seu foco na sua missão espiritual.
Isso não significa estar alheia ao que ocorre na política de sua nação, mas dar apoio formal a candidatos ou promover nomes perante a comunidade religiosa é algo muito complicado. É uma mistura perigosa entre poder político e autoridade religiosa. Denominações religiosas cristãs podem contribuir fortemente ao orientarem seus fiéis a votarem conscientes e escolherem candidatos que adotem uma postura compatível com as doutrinas bíblicas, mas não forçarem membros a votarem em uma pessoa ou outra.
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